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Foto do escritorRafael Sommerfeld

Teletransporte

Você já se imaginou fazendo teletransporte? Não falo aquele dos personagens de Star Trek, mas aqueles que agora, mais do que nunca, fazemos todos os dias.


Você também é como aqueles que agora se permitem levantar da cama 10 minutos antes daquela reunião em uma cidade distante, afinal, sabe que ali na sua casa, você tem a disposição sua máquina de teletransporte particular? Que 10 minutinhos são o bastante para se aprontar para a reunião que ocorrerá tão perto e tão distante ao mesmo tempo?


Pois é. Dia desses saí de uma reunião as 10:29 (Rio de Janeiro) e segui para a próxima às 10:30 (Interior de São Paulo). Tive a clara sensação de estar utilizando recursos de teletransporte, tamanha a frequência que esse tipo de evento passou a ocorrer na minha vida. E a consequente dinâmica e possibilidade de ação, seja com fornecedores, clientes, parceiros, amigos e familiares ampliaram a possibilidade de presença (virtual) de forma jamais experimentada nessa escala. Não se trata apenas de que EU seja um adepto do recurso, mas TODOS agora o utilizam, pois é a opção que existe no momento.


Claro que estou falando de um ambiente de conferência remota que já vínhamos utilizando há muitos anos. Mas, o que mudou?


A grande mudança que muitos de nós vem sentindo é a frequência de uso desse tipo de recurso. Existem dias que ficamos na frente de nossas estações de trabalho e emendamos uma reunião atrás da outra, falamos com pessoas diferentes, locais diferentes, o tempo todo.


E que tipo de impacto isso pode causar?


Economicamente não há dúvida dos imensos benefícios que colhemos ao adotar esse tipo de recurso. Transporte, translado, hospedagem, tempo dos deslocamentos, riscos, entre outros. Colocados à ponta do lápis, sem dúvida nenhuma, quem ainda não praticava, não viverá sem praticar mais (seja em maior ou menor escala).


Corporativamente não existe forma que reúna com tanta facilidade colaboradores de diferentes unidades/plantas em um único momento.


Socialmente temos um novo quadro, onde as pessoas conseguem realizar happy hour, aniversários e comemorações (com bebidas e snacks!) com amigos e parentes distantes, que pessoalmente jamais seria possível.


Pessoalmente é possível colher os confortos já mencionados, como zero tempo de deslocamento casa x trabalho, maior balanceamento da vida pessoal x profissional, aumento de satisfação e facilidade de uso.


O que precisaremos avaliar com mais tempo são as consequências dessa exposição excessiva à comunicação digital, sabendo que o ser humano, relacional que é, poderá sentir (e eventualmente sofrer) com o recolhimento e abstenção do contato direto com as demais pessoas.


No mais, vale dar uma olhadinha no seriado Star Trek, relaxar um pouco, porque ninguém é de ferro! 😉

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